sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sina de brasileiro é...

... pagar mico em toda Copa do Mundo quando a seleção ganha e não saber qual o próximo prefixo em grego que define a próxima soma de Copas ganhas até que apareça alguém que avise isso pela Rede Globo (que a maioria dos brasileiros odeiam), passando a repetir isso como papagaios até mais um campeonato ganho, ad infinitum.

Que merda de vida, hein? Era mais fácil usar o tempo pra aprender grego de uma vez.

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Sina de brasileiro é...

... pagar mico em toda Copa do Mundo quando a seleção ganha e não saber qual o próximo prefixo em grego que define a próxima soma de Copas ganhas até que apareça alguém que avise isso pela Rede Globo (que a maioria dos brasileiros odeiam), passando a repetir isso como papagaios até mais um campeonato ganho, ad infinitum.

Que merda de vida, hein? Era mais fácil usar o tempo pra aprender grego de uma vez.

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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lula, por que não te calas?

* Escrito por um médico de Limeira-SP*

*Lula, por que não te calas?**

No último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a
entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros. A
cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados ao
SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência.

Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este serviço
implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos. Custa caro
montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte visível do negócio,
mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de UTI, de pessoal de apoio
bem treinado, de médicos especializados principalmente. E isto tem que
funcionar 24 horas por dia, pois emergência não tem hora.

Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter outro destino, ou vão virar
sucata logo.

Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de improviso, que
sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas frases feitas e
cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se de passagem,
normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está falando, e suas
gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo afora. Nesta
cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente infeliz com algumas
de suas colocações.

Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro
rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para os
problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a classe
médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito fácil ser
médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.

Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser
contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em Cuba. E
ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a
saúde.

E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao
sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou
sobre tudo o que finge saber.

Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se
preocupa mais em ter coerência. Deve acreditar que somos todos burros, pois
quanto mais fala, mais sua popularidade “aumenta”, segundo as informações
“oficiais”. Mas para os que ainda tem paciência de ouví-lo, basta
acompanhá-lo por algumas semanas. A opinião ora é uma, ora é outra. Depende
da platéia. Como estamos numa democracia, livre “como nunca se viu na
história deste país”, também tenho o direito de opinar.

O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à
imensa maioria dos médicos montar um consultório na Avenida Paulista, um dos
locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço público,
onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não
encontra condições dignas de trabalho. Aparelhos defasados, funcionários
insuficientes para o apoio (enfermagem, técnicos diversos), filas para
marcação de exames, falhas em tratamento de doenças básicas. Se em São Paulo
, que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país? Há
dezenas de crianças morrendo em pseudo-UTIs em hospitais públicos por aí. A
sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de terapia
intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.

Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue trabalhar no
interior sozinho. A não ser que seja para distribuir “vale-saúde”, a exemplo
dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio,
sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele.

Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente diferente
da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer outro, formado
em qualquer lugar do mundo, que se submeta às avaliações necessárias e sejam
aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho Federal de Medicina,
autarquia federal, é o órgão definido por lei para avaliá-los. O que o
senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um
agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam
uma falsa “medicina social”.

Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando sofreu
seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo, senhor
presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em posto de
saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional médico bem
preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época funcionasse. Isso se
um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e não uns trocos.

Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou
dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o “SUS”
não funciona de forma decente!

E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar alimentando as
falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra, estou com o “saco
cheio” do senhor e de seus “discursos”.

Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que
lhe atendesse, cortaria-lhe a língua, e não o dedo.

E faria um bem ao país, pois cada vez que o senhor abre a boca, não causa um
acidente. Causa um desastre.*
*
**Luiz Ricardo Menezes Bastos, médico, **
presidente da Associação Paulista de Medicina, Regional de Limeira*

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