terça-feira, 31 de julho de 2007

Nova forma de humor.

Programas de humor na TV? Que nada. Pra rir, o bom mesmo é ler o blog do Paulo Henrique Amorim, o jornalista que viveu de criticar a IURD quando era serviçal da Globo, e como se a vida não pudesse ser mais irônica do que já é; ele passou a CRITICAR A GLOBO a serviço dos mesmos bispos da IURD. Gente de "caráter sólido" é assim.

Vejam só que requinte, que poder de argumentação, que capacidade de redação parca e porcamente imitada da expressão artística e televisiva do Paulo Francis ele tem:

Um artigo sobre a manipulação da mídia "golpista" baseado em uma "pesquisa" inventada por um "cientista político" cujos "dados" foram publicados na CARTA CAPITAL, revista bajuladora do governo com anúncios de diversos estatossauros.

Outro, sobre os desgostos de PHA. Ou seria do 'Conversa Afiada'? Não se sabe.
E pena que neste, não foram revelados os "dados estatísticos" que comprovem as afirmações.

Sem nem mencionar a opinião dele sobre Web 2.0. Mas como isso não está no blog do 'Conversa Afiada', nem convém comentar.


Não foram as melhores piadas que você já viu na vida? Mais hilário que PHA, só as pseudo-filosofias esquerdistas do NES Archive.

Passaporte de Eichmann emitido pela Cruz Vermelha

The passport, still in good condition, was issued by the International Committee of the Red Cross in Geneva.

Como a "tão humanitária" Cruz Vermelha emitiu um PASSAPORTE pra um nazista tão conhecido?

Mais uma do CMI do Socialismo-Caviar.

Porque os Esquerdistas odeiam o Rocky Balboa

Em 1976, o Sylvester Stallone criou e atuou no clássico "Rocky", que ganhou prêmio de melhor filme.

"Rocky" simbolizou mais do que um mero pugilista simplório. O que seu filme celebrava era o triunfo do espírito humano e da iniciativa individual contra todas as condições adversas. E é justamente isso que enerva os Esquerdistas. Muitos deles não conseguem conter a raiva e o profundo desprezo pelo filme.

No "Rocky I", testemunhamos as tentativas e tribulações de Rocky Balboa, um boxeador de uma área pobre da Filadélfia. Primeiro, o vemos como um pugilista amador que luta por uns trocados e trabalha como cobrador para um agiota. No final, mesmo ele perdendo a luta final por uma margem mínima de pontuação, ele ainda consegue ser bem sucedido, como lutador e como ser humano.

O tema principal do filme não poderia ser mais claro: o indivíduo consegue ser bem sucedido não importam as condições - desde que ele se esforce com determinação e suor.

E é aqui que percebemos a primeira pista do porque ser difícil para um Esquerdista gostar desse tipo de filme. Esses ideólogos passaram suas vidas inteiras odiando os EUA e vendo esse país como uma ordem social injusta, politica e economicamente. Eles não conseguem se humanizar o suficiente para reconhecer as dimensões humanas desse filme. Isso seria uma traição à sua fé política.

Enquanto uma pessoa normal assiste o filme e se emociona com a simplicidade e o esforço do protagonista, os Esquerdistas reclamam da "estrutura de classe" ou outra palavrinha da moda Esquerdista qualquer. Eles odeiam o filme pelo que ele é e pelo que ele não é. É como ir a um show de comédia e reclamar que o comediante fica contando piada toda hora e que as pessoas estão rindo demais.

Deve ser uma tortura viver a vida como Esquerdista porque eles praticamente tentam negar todos os impulsos naturais o tempo inteiro e tentam suprimir esses impulsos nos outros.

Na verdade, as Esquerdas sempre viram o ser humano como uma entidade moldável a ser conformada segundo um padrão. Foi isso que Rousseau e Marx propuseram e o experimento Soviético tentou praticar. Não é mistério nenhum, portanto, que a mera menção do Rocky Balboa cause convulsões histéricas nos Esquerdistas.

Vejamos o tema homem-mulher que o filme retrata. Rocky representa um cara duro na queda e isso raramente é visto na cultura popular de hoje em dia. Por causa do politicamente correto, está havendo uma feminização da cultura. Os heróis proclamados pelo politicamente correto estão começando a parecer frutinhas e Rocky Balboa viola o código esquerdo-fascista que tira do homem o direito de ser macho.

As partes mais bonitas do filme são quando o Rocky conversa com a Adrian sobre a vida de um homem. Ele fala da necessidade de enfrentar os desafios, de sua vulnerabilidade e seus medos. Quantas vezes isso foi retratado na cultura popular recente ? Nunca mais ouvimos falar disso.

No âmago do sonho Esquerdista está a destruição dos gêneros, já que os papéis de homem e mulher são vistos como uma construção social opressiva. Portanto, não é de se admirar que, um cara musculoso, que tem que ser "macho" e entrar no ringue, enfureça tanto as Esquerdas. Segundo as feministas cooptadas pela Esquerda, a presença de um homem musculoso é um ataque às mulheres. A exibição de um personagem heróico, agressivo e determinado tem tudo a ver com ideologia política e com a noção de "masculinidade" sendo imposta aos homens para a desvantagem das mulheres - segundo o credo Esquerdo-Feminista.

É de se imaginar como será quando essa apregoada igualdade chegar. Homens vão entrar no ringue sem nenhum músculo, só com pelancas e banhas. Talvez, na verdadeira utopia, em vez de vestirem calções e tênis de boxe, os lutadores entrarão no ringue de tanguinhas e saltinhos altos. É claro que para esses Esquerdo-Feministas vai ser preferível que o boxe nem exista. E, provavelmente, que os homens não existam também.

Outro ponto intragável para os Esquerdistas é a maneira como Rocky e Adrian se amam. Rocky repete para Adrian que ele é um homem e tem que fazer o que um homem deve fazer. Adrian concorda, apesar de suas reservas, em apoiá-lo e ficar ao seu lado - porque ela é uma mulher. É uma relação muito amorosa, difícil de se ver hoje em dia.

Rocky tenta fazer com que ela se sinta como uma mulher - algo que ela tinha escondido dentro dela. Ela se escondia por trás de suas roupas e seus óculos. Há uma cena em que ele tira os óculos dela, rompendo os limites que continham sua feminilidade. E eles se beijam pela primeira vez. É nesse momento que vemos a sedução de uma mulher por um homem - esse ingrediente atemporal e glorioso da nossa condição humana.

Mas quando um Esquerdo-Feminista assiste isso, bem, eles ou elas odeiam esses temas. Eles querem acabar com essas realidades.

Além do aspecto de gênero, "Rocky" trangride a fé "progressista" na ausência de oportunidade econômica e social do capitalismo "opressivo". Rocky consegue uma chance de subir na vida. A Esquerda simplesmente odeia isso. Mas Stallone celebra o fato de que em um país capitalista, as pessoas têm chances e podem ser bem sucedidas em suas iniciativas. A chave é que Rocky atinge sua meta individualmente. É ele contra tudo. Assim vemos o triunfo do indivíduo e do espírito humano.

Para a Esquerda, os indivíduos devem ser apagados e o espírito humano simplesmente não existe. Para eles, Rocky é um filme ruim e opressivo que "perpetua a desigualdade" porque o protagonista atinge o sucesso individualmente. Para uma verdadeira "justiça social", eles dizem que a revolução deve ser feita por uma "vanguarda coletiva". Eles ficam agonizando o tempo todo sobre o porque de ninguém (isto é, os outros) compartilhar tudo. Eles negam que há realidades universais que nenhuma sociedade será capaz de mudar ou apagar.

A crítica Esquerdista clássica do filme "Rocky" é que ele retrata o desejo de superar as possibilidades limitadas que o Capitalismo impõe sobre as classes mais pobres. Esse desejo é individualista e, de acordo com eles, tende a reforçar o fundamento do sistema e legitimiza a ideologia capitalista por sugerir que aqueles que conseguem se elevar da classe operária são melhores, mais desenvolvidos individualmente do que seus colegas.

Em outras palavras, "Rocky" viola o credo Esquerdista de como a luta contra o Capitalismo deve ocorrer coletivamente, e não individualistamente.

Se um regime socialista conseguisse atingir seu objetivo, existiriam filmes como Rocky ? Certamente não, pois nenhum regime ia querer mostrar a ascensão de um ser humano. No lugar disso, os filmes mostrariam os operários trabalhando nas fábricas dia após dia. Chato demais.

Rocky vai ao ringue na noite anterior à da luta. Ele confronta o seu medo. Então ele volta para Adrian e diz saber que vai ser derrotado. Mas diz que quer ficar de pé até o décimo-quinto round. Seu sonho e sua esperança é apenas agüentar de pé ...

A maioria dos que já passaram por dificuldades na vida sabe o que é isso e entende. É difícil colocar em palavras, porque de certa maneira, isso é transcedente. Mas na luta pela vida contra todas as condições adversas, com todo o choro e o suor, muitas vezes a única coisa que queremos é terminar de pé. Tem a ver com orgulho, medo e coragem. E é aí que "Rocky" toca as pessoas.

E quando a luta com o Apolo Doutrinador acaba, a Adrian chega ao ringue e perde seu gorro. E Rocky, que acabou de lutar a maior luta de toda sua vida, que enfrentou seu medo, e com a cara toda quebrada, só faz perguntar "Cadê o seu chapéu ?"

Isso mostra a importância essencial da simplicidade e da afeição de um pelo outro. Rocky esquece de si mesmo porque sua batalha já terminou, e seu próximo passo é se importar com uma outra pessoa. Ele já fez o que tinha que fazer e a partir dali era hora de cuidar da Adrian. É como na vida: a pessoa tem que cuidar de si e, depois de se superar, doar de si para outro ser humano.

Não importa quantos experimentos de engenharia social sejam tentados, eles nunca mudarão o que o ser humano realmente é: imperfeito, lutando contra as condições contrárias, perdendo e ganhando, chorando e rindo, se protegendo e se arriscando. Isso diz muito mais do que o sonho canibalístico e mutilante do Socialismo. O personagem Rocky Balboa, com sua humanidade e coragem, nos lembra disso.

Lula para populacho: "quiem fala ingrêis é mitidu a besta"

A reprodução, feita pela Radiobrás, do discurso do presidente Lula em João Pessoa omitiu um trecho em que o presidente critica as pessoas que falam línguas estrangeiras. "A língua é o valor da pátria, temos que aprender a falar corretamente a nossa língua. Brasileiro falando a língua do outro é um metido a besta", declarou Lula.

O presidente pregou que nenhum representante brasileiro deve falar língua estrangeira em solenidades no exterior."Nós samos (sic) brasileiro, temos orgulho do jeito que samos (sic) (...) Um país multético (sic)."

Ele ainda disse que o ex-presidente norte-americano Bill Clinton deveria falar português.


Se existe a teoria do desenho inteligente, acabamos de inventar a teoria do desenho idiota.

Ou, se você crê na teoria da evolução:
"Os brasileiros não acreditam na teoria da evolução porque não há nenhuma evidência de que aqui no Brasil ela de fato ocorreu."
(Diogo Mainardi no Manhattan Connection de 15 de julho de 2007)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Dilema cinéfilo

Recebi isto por email:

Caro (a) Sr (a).,
Lembramos queAzumi 2: Amor Ou Morte será transmitido em Sábado 28 de Julho às 21:30 horas Brasil, em nosso canal Do_Leste.

Caro (a) Sr (a).,
Lembramos queO Código Da Vinci será transmitido em Sábado 28 de Julho às 21:00 horas Brasil, em nosso canal Do_Leste.


Não vi nenhum dos dois filmes. Só sei que o primeiro é continuação do pior filme oriental que já vi na vida. Do outro, nem sei o que esperar, mas filmes blockbusters baseados em livros best-sellers não costumam me agradar.
E não pretendo madrugar pra ver a reprise de um deles mais tarde, só se for pra outro dia.

Se eu fosse a Ayn Rand, provavelmente escolheria o segundo filme. O dilema é que não sou a Ayn Rand.

Bolaños para mexicanos: "Não se misturem com essa GENTALHA de esquerda"

Pelas séries B mexicanas! Até o Chespirito fez campanha pro Vicente Fox!





Não que eu seja fã do homem, nem da séries dele, nem ao menos votaria no Fox. Mas por essa eu não esperava!

E a mulher dele também apoiou o Fox.



Depois dessa, prevejo que muitos esquerdistas sem cérebro fanáticos pelas séries que conheço ficarão vermelhos como o Chapolim, de raiva.
Ou no mínimo, alguns agirão como eu quando vejo os filmes do Jorge Furtado (os BONS, claro, nada de Ilha das Flores).

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Simpsons, legendado e dublado.



Desculpa, Claudio, mas isso é bom demais pra não botar no meu blog também.

Emílio, você ainda vai querer ver o filme dos Simpsons na versão dublada?

Centro de Midia "Independente" do Socialismo-Caviar

Há alguns anos, entre 2003 e 2004, havia um dos blogs que eu mais costumava ler na época, cujo nome era o mesmo do título supracitado. Infelizmente, há muitos anos ele deixou de ser atualizado.

Estou aproveitando o espaço pra reproduzir alguns dos melhores artigos de lá, repassando-os pra cá com as devidas correções. O erro de reconhecimento de certos caracteres pelo web archive não ajuda na tarefa.

Um dos melhores que li por lá é este:


Por Que Sou um Esquerdista?



Algumas vezes eu ouço a pergunta "Porque você é um esquerdista?" e, francamente, eu tenho que rir. Dou risadas e mais risadas, porque talvez esta pessoa irá cansar-se de minhas risadas, e eventualmente acabará desistindo. Algumas vezes, quando ouço a pergunta, eu a considero seriamente, porque irei olhar e olhar à minha volta e não haverá ninguém fazendo a pergunta "Por que você é um esquerdista?".

Sou um esquerdista porque eu acredito que todo mundo merece uma chance. E se necessário, uma segunda chance. E se, lá pela oitava ou nona chance, o cara precisa de outra, quero dizer, peraí! Este cara já era.

Sou um esquerdista porque eu acredito em ajudar aqueles em estado de necessidade. Todos nós, você e eu, temos uma obrigação em ajudar aqueles menos afortunados. Você primeiro, certo? Estou meio que sem tempo nesta semana.

Sou um esquerdista porque eu acredito na igualdade de todos, não importando a raça. Então eu acredito que devemos dar diplomas gratuitos de Medicina para as minorias, porque, bem... dã���� Como se algum deles fosse mesmo conseguir estudar numa faculdade de Medicina.

Sou um esquerdista porque eu fervorosamente acredito em tolerância. Tolerância é fundamental para a diversidade em nossa sociedade, e se você tem um problema com isso, senhorzinho, então irei te denunciar às autoridades e aposto que após algumas horas na "sala de interrogatório" você também concordará que tolerância é fundamental.

Sou um esquerdista porque acredito que não devemos enfiar nossos narizes pelas portas dos quartos dos outros. Eu digo, botemos nossos narizes em suas contas bancárias, suas propriedades, suas fazendas, e assim por diante.

Sou um esquerdista porque considero sagrada a liberdade de imprensa, bem como a liberdade da TV e a liberdade do cinema. O que eu não aguento é a liberdade de expressão no rádio, e nem comece falando besteira sobre a @$#&% da Internet.

Sou um esquerdista porque considero que educação é importante. Muito, muito, extremamente muito importante. Devemos aumentar os gastos em educação e fazer importantes reformas, como eliminar o Provão ou o ENEM, porque nunca conseguiremos mensurar esta bela, elusiva, importante coisa que chamamos educação.

Sou um esquerdista porque eu acredito na separação entre a igreja e o estado. Devemos impedir que os religiosos extremistas consigam permissão para orar nas escolas. Agora, diga-me - com toda aquela cantoria e reza e queimação de incenso acontecendo, como as nossas crianças poderão concentrar-se nas aulas de DST/AIDS e distribuição grátis de camisinha?

Sou um esquerdista porque acredito nos direitos das mulheres, sejam elas advogadas ou donas-de-casa ou mesmo presidiárias punks. Por muito tempo as mulheres têm sido vítimas da discriminação, e devemos focar em programas de ajuda para essas mulheres, como também as pessoas que são seus descendentes.

Sou um esquerdista porque eu acredito que as mulheres têm o direito à escolha. Quero dizer, não uma escola de freiras ou redução de impostos ou algo do tipo, obviamente. Vamos ser razoáveis.

Sou um esquerdista porque acredito no império da lei. Ou, pelo menos, advogados. Porque, ei, de acordo com meu advogado, eu podia ter estado no linha 110 quando ele bateu ontem. Tanto quanto você saiba.

Sou um esquerdista porque acredito que uma economia saudável depende de bons empregos e bons salários. Então, faça-os acontecer, seu patrão gorducho pilantra.

Sou um esquerdista porque eu acredito que o governo deve criar os bons empregos quando os patrões gordos e pilantras levam meu bom emprego para a China. Ei, já sei! Talvez possamos pegar todo o dinheiro que o patrão gasta em coisas que não criam emprego, como iates de ouro puro ou casacos de pele, e usar esse dinheiro pra criar empregos.

Sou um esquerdista porque eu temo o poder de monopólios gigantescos e sem limites, como Microsoft, Vale do Rio Doce, Ambev. O governo deve fazer uma guerra total e sem descanso para esmigalhar esses assustadores monopólios, fazendo-os tornarem-se pó antes que eles fiquem muito poderosos.

Sou um esquerdista porque eu acredito em um exército forte. Soldados fortes, sim, mas que se importam e se preocupam também, e prontos para enfrentar novos desafios. Um soldado que desfruta de longos passeios na praia, que se aconchega ao lado de uma fogueira convidativa, sem medo de mostrar seu lado vulnerável. Mas nada de cerveja, mulheres ou cigarros!

Sou um esquerdista porque acredito em reforma para o financiamento de campanhas eleitorais. Infelizmente, nossa política está dominada por propagandas pagas pelas contribuições de grandes corporações. Infelizmente, elas afogam as legítimas opiniões populares, do tipo que ouvimos na RedeTV!, Band, SBT e Globo.

Sou um esquerdista porque acredito que o estado deve apoiar as artes. Por "artes", claro que quero fazer entender as coisas feitas, ou ejetadas, por um desses artistas quaisquer. É especialmente importante que a arte seja provocativa e controvertida. Como opor-se a Caetano Veloso, Gilberto Gil, e assim por diante?

Sou um esquerdista porque acredito em meio-ambiente e sua conservação. Por exemplo, devemos aumentar o preço da gasolina, como eles fazem na Europa, para aumentar a conservação do meio-ambiente. Se não o fizermos, em breve ficaremos sem gasolina, e isto quer dizer maiores preços para você e eu.

Sou um esquerdista porque eu detesto a cobiça, especialmente a doentia cobiça daqueles que ficaram ricos nos anos 80 e 90, e recusam-se a me dar nadinha de seu dinheiro.

Sou um esquerdista porque eu... perae! um novo episódio do BBB! Caraca, eu espero que desta vez eles não tirem o Dhomini, ele é o meu favorito.

A nona arte


http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/caminhoservidao/index.html


Não que eu seja adepto de versões de livros em quadrinhos, a não ser em caso de provas de português no segundo grau. Eu fiz isso com O Ateneu, uma vez.
Porém, é um bom achado, sem dúvida. Recomendado a todos os pseudo-intelectualóides de esquerda sem capacidade pra ler (é em QUADRINHOS, viu? tem figuras), e pros outros com capacidade de razão, senso crítico e bom gosto.

Algumas citações atuais

"Brigar é chato, é cansativo, e sempre chega a hora em que, em busca da superioridade moral, um dos lados declara que o adversário é agressivo, é baixo, é truculento. É o momento em que o tirano, em qualquer guerra, resolve se acoitar na trincheira do vitimismo." (Reinaldo Azevedo)

"A diferença de qualidade e competência entre ambos os governos é gritante. FFHH passou por pelo menos 3 crises econômicas mundiais que destruíram a economia Global. Lula se gaba do crescimento do Brasil. É como se gabar de dormir com a mulher do vizinho na cama (que ele fez) e ainda comer o café da manha (que ele fez).
O Brasil cresce por inércia, não por causa do governo mas APESAR do governo. Mas também... esperar que comunista seja eficiente é esperar que Jesus Cristo dance RAP." (Alexandre Duran)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Ir pra Cuba é mais barato.

R$2.700,00 por uma estadia de um mês em Fernando de Noronha?
Realmente, o Brasil é mais comunista que Cuba.

Pensei em escrever mais, principalmente sobre a veia esquerdista do Noblat ter reaparecido no que ele escreveu (era petista até a eleição do Lula), mas o Claudio já fez isso por mim.

Só resta concluir: eu prefiro pagar R$ 2.700,00 reais pra NÃO ir à Fernando de Noronha.

Veríssimo e os porcos

Lembrando da última coluna do Mainardi, sobre Luís Fernando Veríssimo (e sim, eu sei que não há o acento agudo no sobrenome; podem deixar de comentar sobre isso, fãs do gaúcho), eu o vi no último domingo lá na Feira da Liberdade, aqui em São Paulo, na barraca do Gyoza (ou Guioza ou até mesmo Guiosa, como é escrito por aqui em tupiniquim).

Pensei até em perguntar se era ele mesmo, mas resolvi deixar pra lá. Ele já estava com uma cara de ranço (tanto conotativamente quanto denotativamente, nem sabia que ele era tão gordo, mais do que eu até) naquele momento, e ele sendo petista ufanista, eu o tiraria mais ainda do sério.

E fica a dica pra quem quer comer gyoza. Apesar de não ter sido o melhor que já comi, na Praça da Liberdade, logo em frente à estação do Metrô, há aos domingos uma pequena feira onde o kiosk mais distante faz gyozas tão gigantescos que até os apelidei de 'kaiju gyoza'. Cometi a besteira de comprar 2, tendo arrotado gyoza até terça-feira.
Só não se esqueça de perder tempo e pegar um ticket numerado quando chegar lá. O local é muito freqüentado. Até o Veríssimo vai lá, imaginem vocês!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Dá pra privatizar agora?

Mandei um pacote para uma pessoa especial, via correio, para o Brasil. O pacote não tinha nada de valor dentro; o único valor era sentimental, de agradecimento, etc, mas o desgraçado do funcionário dos correios deve ter achado que tinha algum dólar lá dentro e deve ter desviado o pacote. Não é a primeira vez que mando encomenda para o Brasil que nunca chega.

A Cilene é uma baita chorona, admito, porém alguém aí nunca teve experiência semelhante? Duvido.

Será que dá pra privatizar os correios, pelo menos?

Isso me lembra de um amigo meu, carteiro que virou sindicalista cujo cérebro foi lavado no sindicato. Ou ele defende as mordomias da "profissão". Virando sindicalista, de acordo com ele, você pode faltar no trabalho durante os dias de "reunião", que são remunerados. E ainda pode, por exemplo, fazer roteiro turístico por Brasília pois a "reunião" foi devidamente agendada com tempo de sobra pra isso. (palavras dele, não minhas)
Obviamente, ele é contra a privatização dos correios.

E ainda reclamam que carteiros ganham mal.

sábado, 21 de julho de 2007

Novela da Coréia do Norte



Lá do Songun Blog.

A letra é uma droga mas a música é muito boa. Curti deveras. Até o acordeão está em harmonia com o resto da composição.
Os comunas da Coréia do Norte nos cargos mais altos e influentes do partido devem passar muito tempo compondo as músicas. Só pode ser.

Lembra até o hino da URSS, que também só presta pela música.

Agora deu vontade de emigrar pra Coréia do Norte e comer grama em nome do grande líder.

Mais latino-americanos muito educados.


Típica criatura nativa do Brasil.
Cuidado! Isso aí VOTA!

Lá do Globo Esporte.

Parece que os atletas do Bananão não estão se entendendo bem com os atletas do Charutão.
Como sempre na história, destacando-se os conflitos entre o Nazismo e o Comunismo na 2a Guerra Mundial, as esquerdas entram em conflito mais uma vez; agora por uma questão de polidez.

Não que eu ache que os esportistas deveriam ser cavalheiros. Até aí, normal. Esporte é isso mesmo, este é o jogo dos jogos. Mas há um limite de ridículo entre ser mal-educado com atletas e dar de bandeja para repórteres uma foto caricata como uma 'resposta' à altura. Como se isso servisse pros cubanos se redimirem ao invés de rirem de atitude tão patética.

Depois que eu digo que brasileiros não sabem pensar; reclamam, me insultam, me ameaçam de morte... Mas isso é um fato. E contra fatos, não há argumentos.

Claro, os cubanos não são diferentes. Tanto que alguns também são exceções às regras, assim como no Brasil.

Enquanto isso, os cubanos fazem compras no Bananão.
Nada mais normal, também. Quem é explorado pelo ditador de 500 milhões de dólares do Charutão merece poder levar algumas regalias subversivas reacionárias capitalistas pra casa. Ninguém é de ferro, afinal. Nem mesmo o tal MARCOS FELIPE que considera o capitalismo como um 'vírus'.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Brasil, país comunistamente educado.

Hoje, quando estava voltando pra casa de taxi e o mesmo estava parado em um sinal, um indigente sem um dos braços me pediu uma esmola pela janela.
Eu polidamente recusei, dizendo que não tinha dinheiro. E não era mentira, eu tinha pedido até pro taxista me deixar no meio do trajeto depois que desse 20 reais, porque era só o que eu tinha no
bolso.

E vai embora o mendigo, resmungando sobre minha pessoa: "ah, safadu, u ladraum vai ti robá!", ao invés de apenas aceitar a negativa sem rancor.

Comparando com os indigentes cubanos, só posso concluir 2 coisas:

- O Brasil é mesmo um país comunista. Mais que Cuba, até.
- Os mendigos brasileiros precisam de um intercâmbio em Cuba, pra aprenderem a esmolar com educação. Talvez assim eles possam ter mais lucro pra poderem investir em algum negócio próprio e saírem da mendicância.

Curiosamente, eu falava com o taxista exatamente sobre os jineteiros cubanos. Coincidência pouca é bobagem.
Depois dessa, seria uma grande injustiça não comprar o livro do Alex Castro.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Fidel, um comunista burguês.

Li no blog de um grande amigo meu o seguinte:

Só um minúsculo porém: A camisa vem com as tradicionais 3 listras da Adidas, sendo que Cruyff arrancava uma delas, por ter contrato com outro fornecedor de material esportivo (ou,na visão romântica, por não se sujeitar a ser outdoor alheio).

Cruyff consegue ser mais comunista que Fidel Castro.

A sátira da vida moderna no terceiro mundo. Ou porque proletário só se ferra.

Agora há pouco, quando voltei do almoço, fui carregar o cartão do bilhete único.
Eu tinha pouco dinheiro no bolso, então perguntei: "aceita cartão de débito?"
A funcionária disse: "só se for do banco do brasil ou da caixa econômica federal".

Privatizem logo essas merdas. PRA ONTEM!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Mais uma da Bolha de São Paulo

Governo quer fundação para gerenciar saúde

Projeto de lei enviado ao Congresso permite contratação sob regras do setor privado, retirando, por exemplo, a estabilidade

Regra valeria para hospitais e outras áreas, como TV pública, ciência e tecnologia e previdência complementar de servidores públicos

ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal quer flexibilizar relações trabalhistas e regras de licitação em nove setores da administração pública, retirando, por exemplo, a estabilidade no emprego. A proposta foi enviada por meio de projeto de lei ao Congresso.
Ela abre caminho para regulamentar a administração de setores do Estado por meio de fundações de direito privado sem fins lucrativos. A regra valeria para hospitais e outras áreas como a TV pública, ciência e tecnologia e previdência complementar de servidores -em todos os casos, serviços não-exclusivos do Estado.
O projeto enfrenta resistência de sindicatos e de outros setores da área de saúde, pois permite a contratação de funcionários públicos sob regras do setor privado -retirando deles direitos tipicamente associados ao serviço público, como estabilidade.
Por outro lado, os contratados das fundações, que terão autonomia gerencial e orçamentária, não ficam submetidos ao teto salarial.
O governo argumenta que a mudança dará agilidade à gestão pública e irá premiar o servidor com bom desempenho.
As compras terão de obedecer à legislação sobre licitações públicas na contratação de serviços e compras de equipamentos. A fundação, porém, poderá editar regulamento próprio, com regras mais flexíveis.
"É preciso responder com rapidez na hora da compra de um equipamento ou da contratação de um especialista", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Após a votação da proposta pelo Congresso, o governo enviará projeto de lei específico para a criação de fundações para os hospitais.
A princípio, a proposta valeria para os dez que, hoje, são subordinados ao Ministério da Saúde -nove no Rio e um em Porto Alegre- e para os 48 hospitais universitários de instituições federais, mas poderá ser adotada também por Estados e municípios, totalizando cerca de 2.500 unidades.
Na semana passada, representantes do Consad (Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração) encontraram-se com o ministro José Gomes Temporão para manifestar seu apoio à idéia.
Na ocasião, Sidney Beraldo, secretário de Gestão de São Paulo, disse que a fundação estatal tem a simpatia do governo paulista, uma vez que eliminaria os questionamentos jurídicos à administração dos hospitais por meio das organizações sociais, que já detêm a gerência de alguns estabelecimentos de saúde no Estado.
Pela proposta do governo federal, enviada anteontem ao Congresso, o repasse de recursos às fundações estatais fica condicionado ao cumprimento de determinadas metas de gestão -nos hospitais públicos, isso corresponde a um determinado número de atendimentos e internações, por exemplo.
Os novos funcionários seriam contratados por meio de concurso público, mas em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que vale para o setor privado. Parte da remuneração do servidor ficaria atrelada ao desempenho do estabelecimento de saúde, que só poderá atender pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Para os funcionários públicos que já ingressaram na carreira, não haverá mudança.
Caso a proposta seja aprovada, o governo teria ainda de elaborar outros projetos de lei específicos para criar fundações para cada hospital ou conjunto de hospitais.
Temporão e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, rebateram os ataques dos críticos à proposta, que vêem nela um caráter "privatista".
"É um contra-senso. O próprio nome diz que a fundação é do Estado", afirmou o ministro Temporão.
Paulo Bernardo afirmou ainda que a lei complementar terminaria com "verdadeiras gambiarras" que, hoje, os hospitais universitários utilizam para contratar funcionários por meio de fundações de apoio privadas.



É o 'des'governo nazi-petista admitindo que é incomPeTente, e indo contra todas as suas falácias durante as campanhas.

Mais sobre o assunto.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Acabei de pensar nisto AGORA!

Faltando menos de uma hora pra acabar a votação das novas 7 maravilhas do mundo, imaginei que:

- se são necessários pelo menos 30 milhões de votos no Cristo Redentor, e

- se existem 19 milhões de usuários de internet no Brasil...

então, os ufanistas patridiotas (patriotas E idiotas) vão começar a chorar agora ou esperarão a apuração dos votos?

Depois eu escrevo mais sobre a palhaçada das campanhas pra elegerem o Cristo, após a apuração.

Atualização: acabaram de me avisar que dá pra votar por SMS. Claro, eu tinha me esquecido disto. Mas que internauta brasileiro pagaria pra votar por SMS? Internauta brasileiro geralmente é um pirateiro mão-de-vaca.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Epa!

Acabei de descobrir que sou uma pessoa que exclama 'Epa!'

Epa!

Melhorando uma piada estrangeira

Qual a diferença entre o Brasil e um Yakult?


R: o Yakult tem cultura.

Atendendo ao chamado da Liberdade

Reinaldo Azevedo solicitou a divulgação do texto abaixo. Um pedido justo para um articulista tão bom:

Considero o texto que vai a seguir um dos mais importantes já publicados neste blog. Nunca fiz isto, mas faço agora: reproduzam-no por aí, passem adiante, façam com que se multiplique. Ele identifica um método de ação do governo Lula, do chavismo à moda da casa. Denuncio aqui os instrumentos a que pretende recorrer o governo para implementar entre nós o bolivarianismo light. Porque o PT sabe que não pode fazer da Rede Globo a sua RCTV, resolveu estrangular a emissora financeiramente. No mundo ideal do petismo, devemos ficar todos subordinados à TV de Franklin Martins, que não precisa do mercado para existir, ou à TV Record — que, se ficar sem anunciantes, jamais ficará sem a Igreja Universal do Reino de Deus, dona do partido do vice-presidente e de Mangabeira Unger, aquele secretário que fala uma língua mais incompreensível do que a do Espírito Santo quando baixa em Edir Macedo — deve baixar, eu suponho. Também vou me penitenciar. Dizem que sou arrogante, que nunca assumo um erro. A segunda parte, ao menos, é mentirosa. Errei, sim. Errei na única vez em que apoiei, ainda que parcialmente, uma proposta do governo Lula. Fui enganado pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Uma recomendação: eis um nome do governo Lula que deve ser visto com muito mais cuidado.

Ufa! A introdução já ficou longa demais. Como sabem, o governo quer limitar o horário da propaganda de cerveja na televisão. E também enrosca com o seu conteúdo — Temporão, por exemplo, invoca com a tal “Zeca-Feira”. Mais: diz que a publicidade glamouriza o consumo do produto... No programa Roda Viva eu lhe disse que era favorável à limitação de horário para a propaganda, mas contrário a que o governo se metesse no conteúdo publicitário. Ora, isso seria nada menos do que censura. E o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária é um órgão que funciona, sim, senhores! Só falta agora a gente ter um Romão Chicabom também na Saúde...

É claro que a limitação da publicidade acarretaria uma diminuição de receita para as emissoras de TV. "Fazer o quê?", pensei. "Aconteceu isso quando se proibiu a propaganda de cigarros; que procurem novos nichos, novos produtos, novas fontes de receita". Eu, o liberal tolo diante de um petista... Nova pretensão anunciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deixa evidente que a limitação da propaganda de cerveja tem mais a ver com a saúde do governo Lula do que com a saúde dos brasileiros. Eu passei a considerá-la parte de uma estratégia para asfixiar as emissoras que dependem do mercado para viver: que não têm estatais ou igrejas de onde tirar a bufunfa. Fui um idiota. Não apóio mais. Penitencio-me.

A Anvisa, órgão subordinado ao Ministério da Saúde, agora quer limitar ao horário das 21h às 6h a propaganda de alimentos considerados poucos saudáveis, "com taxas elevadas de açúcar, gorduras trans e saturada e sódio" e de "bebidas com baixo teor nutricional" (refrigerantes, refrescos, chás). Mesmo no horário permitido, a propaganda não poderia conter personagens infantis e desenhos. Segundo a Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), isso representaria um corte de 40% na publicidade do setor, estimada em R$ 2 bilhões em 2005. Dos R$ 802 milhões que deixariam de ser investidos, aos menos R$ 240 milhões iriam para a TV — a maior fatia, suponho, para a Rede Globo.

Virei caixa dos Irmãos Marinho agora? Não! Virei guardião da minha liberdade. É evidente que se tenta usar a via da saúde para atingir o nirvana da doença totalitária. É evidente que estão sendo criadas dificuldades para as emissoras — e, a rigor, nos termos dados, para todas as empresas que vivem de anúncios — para vender facilidades. O ministro Temporão, que ainda não conseguiu fazer funcionar os hospitais (sei que a tarefa é difícil; daí que ele deva se ocupar do principal), candidata-se a ser o grande chefe da censura no Brasil. Na aparência, ele quer nos impor a ditadura da saúde; na essência, torna-se esbirro de um projeto para enfraquecer as empresas privadas de comunicação que se financiam no mercado — no caso, não o mercado do divino ou o mercado sem-mercado das estatais.

Imagine você, leitor, que aquele biscoito recheado (em SP, a gente chama “bolacha”) que sempre nos leva a dúvidas as mais intrigantes (Como as duas de uma vez? Separo para comer primeiro o recheio? Como o recheio junto com um dos lados?) seria elevado à categoria de um perigoso veneno para as nossas crianças — mais um querendo defender as crianças! —, que serão, então, protegidas por Temporão desse perigoso elemento patogênico. Mais: mesmo no horário permitido, a propaganda teria de ser uma coisa séria, né? De bom gosto. Sem apelo infantil. O Ministério da Saúde é uma piada: quando faz propaganda de camisinha, sempre recorre a situações que simulam sexo irresponsável. Mas não quer saber de desenho animado em propaganda de guaraná. A criatividade dos publicitários, coitados, teria de se voltar para comida de cachorro. Imagine o seu filho, ensandecido, querendo comer a sua porção diária de Frolic, estimulado pela imaginação de publicitários desalmados.

Assim como o governo pretendia impor a censura prévia na presunção de que os pais são irresponsáveis, agora quer limitar a propaganda de biscoito e refrigerante porque as nossas crianças estariam se tornando obesas e consumistas.

Estupidez
A proposta não resiste a 30 segundos de lógica. É evidente que biscoito não faz mal. Biscoito não é ecstasy. Em quantidades moderadas, de fato, não havendo incompatibilidade do organismo com os ingredientes, até onde sei, faz bem. Se o moleque ou a menina comerem um pacote por dia, acho que tenderão a engordar. Acredito que há um limite saudável até para o consumo de chuchu... Ora, carro também mata. Aliás, acidentes de automóveis são uma das principais causas de morte no Brasil. A culpa, quase sempre, é da imprudência do motorista ou das péssimas condições das estradas. Nos dois casos, é preciso usar/consumir adequadamente a mercadoria. A Petrobras é uma grande anunciante — e certamente estará no apoio à TV de Franklin Martins. Os produtos que ela vende poluem o ar e aquecem o planeta (sou de outra religião, mas dizem que sim...). A publicidade, então, deverá estar sujeita a severas limitações?

Uma pergunta: água entra ou não na categoria das “bebidas com baixo teor nutricional”? O ridículo desses caras é tamanho a ponto de propor limites à propaganda de água? Ela alimenta mais ou menos do que um copo de coca-cola ou de mate? E de lingüiça, pode? A gordura animal em excesso também faz mal à saúde. Quem garante que o sujeito não vai consumir o produto todos os dias, até que as suas artérias se entupam? Não ande de moto. Há o risco de cair. Numa bicicleta, você pode ser atropelado. E desodorizador de ambiente do moleque que quer fazer “cocô na ca-sa do Pe-dri-nho”? Pode ou não? Não fere a camada de ozônio?

Nazistas
Observem: se isso tudo fosse a sério, fosse mesmo com o propósito de cuidar da saúde dos brasileiros, já seria um troço detestável. Sabiam que os nazistas foram os primeiros, como direi?, ecologistas do mundo? É verdade: não a ecologia como uma preocupação vaga com a natureza, mas como uma política pública mesmo. Hitler gostava mais de paisagem do que de gente, como sabemos. Eles também tinham uma preocupação obsessiva com a saúde, com os corpos olímpicos. O tirano odiava que se fumasse perto dele, privilégio concedido a poucos. Mas o mal em curso não é esse, não.

A preocupação excessiva do governo nessa área, entendo, é também patológica, mas a patologia é outra. Por meio da censura prévia — de que foi obrigado a recuar — e da limitação à publicidade de vários produtos, pretende é atingir gravemente o caixa das empresas de comunicação, que fazem do que conseguem no mercado a fonte de sua independência editorial. Ora, é claro que, sem a publicidade da cerveja, dos alimentos e do que mais vier por aí, elas ficam, especialmente as TVs, mais dependentes da verba estatal e do governo.

O raciocínio é simples: vocês acham que a porcentagem da grana de estatais no faturamento global é maior numa Band ou numa Globo? Numa Carta Capital ou numa VEJA? No Hora do Povo ou no Estadão (a propósito, veja post abaixo)? Os petistas não se conformam que o capitalismo possa financiar a liberdade e a independência editoriais. Quer tornar essas grandes empresas estado-dependentes. Quanto mais se reduz o mercado anunciante — diminuindo, pois, a diversidade de fontes de financiamento —, mais se estreita a liberdade.

Golpe
Trata-se, evidentemente, de um golpe, mais um, contra a imprensa livre. E por que digo que o alvo é a Globo? Porque, afinal, ela concentra boa parte do mercado publicitário de TV — é assim porque é melhor e mais competente, não porque roube as suas “co-irmãs” — e porque, no fim das contas, o que importa mesmo a Lula é aparecer bem no Jornal Nacional. E ele deve considerar que isso é tão mais fácil de acontecer quanto mais ele disponha de instrumentos para tornar difícil a vida da principal emissora do país. Acho que vai quebrar a cara.

E Temporão, tenha sido ou não chamado à questão com esse propósito, tornou-se o braço operativo dessa pressão. Curioso esse ministro tão cheio de querer impor restrições do estado à vida e às opções das pessoas. É aquele mesmo que já deixou claro ser favorável à descriminação do aborto até a 14ª semana porque, parece, até esse limite, o feto não sente dor, já que as terminações nervosas ainda nem começaram a se formar. É um ministro, digamos, laxista em matéria de vida humana, mas muito severo com biscoitos. O que faço? Recomendo a ele que tenha com as crianças que estão no ventre o mesmo cuidado que pretende ter com as que querem comer Doritos?

Eis aí o caminho do nosso bolivarianismo. A terra está amassada pelo discurso hipócrita da saúde. Farei agora uma antítese um tanto dramática, cafona até, mas verdadeira: essa gente finge cuidar do nosso corpo porque quer a nossa alma.

*PS: Reitero: divulguem este texto, espalhem-no na Internet, montem grupos de discussão no Orkut, passem a mensagem adiante, mobilizem-se.